Antes de virar símbolo de sarcasmo e devorador de lasanha, o gato mais famoso das tirinhas tinha um visual bem diferente – e quase ninguém lembra.
O Garfield que você conhece – laranja, rechonchudo e com um olhar que mistura desprezo e tédio – nem sempre foi assim. Quando o cartunista Jim Davis criou o personagem em 1976, ele tinha uma aparência bem distinta: era mais robusto, com olhos pequenos e uma postura que lembrava mais um gato real do que a figura antropomorfizada que virou ícone da cultura pop.
Essa versão “pré-histórica” do Garfield apareceu em uma tirinha chamada Jon, publicada em um jornal local de Indiana, nos Estados Unidos. O sucesso foi modesto, mas já indicava o potencial de um personagem que falava com humor ácido sobre preguiça, comida e a vida cotidiana.

Do anonimato à fama mundial
Em 1978, Davis reformulou o personagem e lançou a primeira tirinha com o nome Garfield. Foi aí que o mundo começou a conhecer o gato mal-humorado que odeia segundas-feiras e ama lasanha. Desde então, Garfield foi publicado em mais de 2.500 jornais e revistas ao redor do mundo, traduzido para dezenas de idiomas e adaptado para a televisão, cinema e até games.
A estética do personagem também evoluiu: seus olhos ficaram maiores, o corpo mais redondo e os trejeitos mais humanos – um reflexo da transformação de Garfield em uma figura que mais critica os humanos do que se comporta como um.
Garfield nos cinemas (de novo)
Em 2024, o personagem voltou às telonas com o filme Garfield: Fora de Casa (The Garfield Movie), com vozes de Chris Pratt (Garfield) e Samuel L. Jackson (Vic, pai do gato). A animação renovou o interesse pelo felino e mostrou que, mesmo após quase meio século, Garfield continua relevante e afiado.
Um gato com mais de sete vidas
Com seu humor sarcástico, comentários certeiros sobre a vida moderna e um apetite insaciável por lasanha, Garfield sobreviveu ao teste do tempo. Mas poucos sabem que, antes de tudo isso, ele era apenas um gato gorducho com jeito de mascote de padaria.
E talvez esteja aí o segredo: Garfield pode ter mudado por fora, mas por dentro, ele sempre foi um espelho bem-humorado das nossas manias mais humanas.
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