Transmitida por um mosquito quase invisível, a febre oropouche voltou a chamar atenção em áreas tropicais do Brasil. A doença é causada pelo vírus oropouche (OROV), presente principalmente na Região Norte, e se espalha por meio da picada do maruim — também chamado de mosquito-pólvora — um inseto minúsculo, comum em áreas alagadas e com vegetação densa.
O contágio ocorre quando o maruim pica alguém já infectado e depois transmite o vírus para outra pessoa. Não existe transmissão direta entre humanos.
Os sintomas aparecem de forma repentina e lembram muito os da dengue: febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz. Em alguns casos, também surgem manchas vermelhas na pele. A maioria dos quadros melhora em até 7 dias, mas pode haver recaídas ou complicações neurológicas raras, como meningite.
Ainda não há vacina nem tratamento específico, então a prevenção é essencial. O uso de repelentes, roupas compridas, telas em janelas e a eliminação de criadouros ajudam a afastar o mosquito. Manter áreas secas e livres de lixo orgânico também dificulta a reprodução do maruim.
Quem apresentar sintomas deve procurar atendimento médico o quanto antes. O diagnóstico é clínico, com apoio de exames laboratoriais, especialmente onde há surto confirmado.
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